Vigorexia, quando há obsessão pelo corpo perfeito.
Vigorexia, ou transtorno dismórfico muscular, ocorre quando há uma doença psicológica caracterizada por uma insatisfação constante com o corpo, que afeta principalmente os homens, levando-os à prática exaustiva de exercícios físicos. Pode estar associada a uma distorção da autoimagem e a um transtorno psicológico similar à anorexia.
A sociedade exerce forte pressão sobre qual deve ser a estrutura corporal de indivíduos de ambos os sexos. Enquanto para mulheres o corpo magro é considerado ideal e representa sua aceitação na sociedade, para homens este padrão corresponde a músculos cada vez mais desenvolvidos, muitas vezes alcançados somente com o uso de substâncias como os esteróides anabolizantes (DAMASCENO et al., 2005).
A imagem corporal está relacionada com a auto-estima, que significa amor próprio, satisfação pessoal e, acima de tudo, estar bem consigo mesmo. Se existe uma insatisfação, esta se refletirá na auto-imagem. A primeira manifestação da perda da autoconfiança é percebida quando o corpo que se tem não está de acordo com o estereótipo idealizado pela sociedade (BUCARETCHI, 2003).
Pode-se dividir a vigorexia em dois grupos:
*Treinamento excessivo (Overtraining) e anabolizantes.
*Obsessão pela aparência e insatisfação persistente.
Sinais e sintomas:
Dores musculares persistentes
Fadiga persistente
Ritmo cardíaco elevado, em estado de repouso
Maior susceptibilidade a infecções
Maior incidência de lesões
Irritabilidade
Depressão
Perda de motivação
Insônias
Perda de apetite
Perda de peso
Menor desempenho sexual
É de extrema importância identificar e orientar o grupo de risco para o desenvolvimento de distúrbios alimentares, através de profissionais especializados como nutricionistas, psicólogos, médicos e treinadores para o sucesso do tratamento, visando o bem estar físico e mental destes indivíduos.
Referências: BUCARETCHI, H. A. Anorexia &Bulemia Nervosa. Casa do psicólogo, 2003.
DAMASCENO, V. O.et al. Tipo físico ideal e satisfação com a imagem corporal de praticantes de caminhada. Revista Brasileira Medicina do Esporte, v. 11, n. 3, p. 181-6, 2005.